Melhorando a fluência no uso do idioma
Autora: Stefania Andreoli Rolo

Quem não ambiciona soar o máximo possível como um nativo do idioma? E quão importante isso é? E se é tão importante, afinal, muitos aqui são professores e, por isso, são modelos de uso da língua para seus alunos, como alcançar essa semelhança?

Bem, primeiramente, precisamos definir o que nos assemelha de um falante nativo:

  1. Léxico
  2. Pronúncia

Tendo isso definido, focaremos aqui em como alcançamos esse feito em relação ao léxico.

O inglês é o idioma oficial em mais de 50 países. 2 bilhões de pessoas no mundo fazem uso do idioma. Desse total, apenas  400 milhões falam inglês como primeira língua. Sendo assim, o que hoje é denominado de Global English, entrou em crise. Como assim?

Um novo termo tem sido usado para determinar a proficiência de um usuário da língua inglesa: Functional Nativeness e esse, segundo alguns estudiosos, deveria  ser considerado o objetivo realista dos estudantes da língua.  Mas o que isso quer dizer exatamente? Um functional native é a pessoa que não nasceu ou mora em país de língua inglesa, mas se comunica como um nativo graças ao seu repertório, refletindo, inclusive, padrões culturais expressados através do idioma. Por exemplo, ao invés de pedir para alguém prestar atenção dizendo pay attention  a pessoa diz keep your ear to the ground. Functional Natives são capazes de utilizar mais esse tipo de linguagem que compreende collocations (to make the bed, to do homework), idioms (keep your ear to the ground), phrasal verbs (catch up with) and, last but not least (por último, mas não menos importante), popular sayings (birds of a feather flock together).

Porém, tudo isso nos deixa a pergunta: e como faço para conseguir aprender e usar tudo isso? Por se tratarem de convenções da língua, tendem a parecer mais difíceis de serem aprendidas e usadas, porém são mais frequentes. Sendo assim, nem tudo está perdido. Mas o que podemos fazer?

  1. Ter ciência de que vocabulário não são palavras aleatórias, mas em contexto – uma palavra só faz sentido quando unida a outra (ao invés de ensinar listen, ensinamos listen to sb.).
  2. Exposição massiva ao idioma, seja escrito ou falado. E, convenhamos, hoje não há desculpa para não conseguir fazer isso.
  3. Retomar, em intervalos constantes, aquilo que foi aprendido e colocar em prática ao se comunicar, seja de forma falada ou escrita.

Pensando em como ajudar nossos alunos a aprenderem,  lembrarem-se e usarem esse léxico, é interessante termos em mente o que pode ser feito:

  1. Evitar a avalanche de termos
  2. Contextualização
  3. Registro
  4. Personalização
  5. Revisão
  6. Diversão
  7. Interação
  8. Jogos

E, para finalizarmos, pergunto se já ouviram falar na síndrome do carro vermelho? É o que torna a exposição massiva importante. Quando nosso cérebro recebe uma informação nova, essa informação fica registrada. Ao nos depararmos com ela novamente, a notamos e a mantemos viva. Ela estava lá o tempo todo, você só não havia notado.  A partir do momento que você nota, ela perdura.

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